Thursday, March 28, 2013

O conciso

Deparado com a grande pergunta, com uma clareza mental como nunca antes sentira em sua vida, decidiu matar-se. Encontrou então um problema, o que dizer, como justificar o injustificável? Com o peso de um legado a deixar, com o valor adicional de ser de última hora, eis que se lhe ocorreu a forma perfeita de resumir o irresumível. Não deixou nada. Afinal, pensou: "a melhor carta de despedida é uma carta inexistente". E assim, se foi.